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Academia impulsiona projeto para dar visibilidade ao cordel em João Pessoa

O cordel é considerado, junto ao Iphan, como patrimônio cultural imaterial do Brasil. A Academia de Cordel do Vale do Paraíba, uma associação fundada pelos cordelistas Sander Lee, Thiago Alves e Fábio Mozart, tem o objetivo de fomentar a cultura cordelista na Paraíba. Para dar visibilidade a esse gênero literário genuinamente nordestino e nascido na Paraíba, surgiu o projeto “Feirinha permanente de cordel”, idealizado pelo poeta Merlânio Maia e posto em prática pela entidade, que procurou a Fundação de Cultura de João Pessoa – Funjope, obtendo apoio do seu diretor, poeta Marcus Alves, para produzir as ações e começar a estrutura meios para criar o Memorial do Cordel, com anfiteatro para apresentações, salas para oficinas e feira permanente de cordel. “Por enquanto, vamos sentar praça no Centro Turístico Tambaú, em frente ao Hotel Tambaú na orla marítima de João Pessoa”, esclareceu Merlânio Maia, adiantando que os cordelistas estarão reunidos na praça em 28 de abril para a primeira edição do projeto, “expondo nossa cultura do verso para os turistas e cidadãos paraibanos”, finalizou.

Para Dalmo Oliveira, coordenador do Núcleo de Comunicação da Academia de Cordel do Vale do Paraíba, precisa-se dar mais visibilidade a este gênero literário no Estado, “porque foi aqui que nasceu Leandro Gomes de Barros, em Pombal, considerado ‘o pai do cordel’, essa literatura metrificada e difundida no mundo inteiro. A Academia, portanto, assume esse papel de instrumentalizar e organizar um Museu do Cordel, com apoio dos entes públicos e dos poetas, há muito desejosos de um espaço para a expressão da cultura cordelista. Estamos em contato com o Ministério da Cultura e com a Prefeitura de João Pessoa para a construção e manutenção desse espaço”, acrescentou Oliveira.

A Academia de Cordel do Vale do Paraíba é composta de pesquisadores consagrados, como a professora Beth Baltar, além de outros artistas de teatro, cinema, ilustradores e compositores. “Esse espaço da feirinha de cordel pretende ser uma grande celebração da cultura popular, com foco no cordel porque ele se entende com as outras artes, a exemplo do cinema, teatro, histórias em quadrinho, artes visuais e declamações, por isso queremos juntar muitos artistas, além dos cordelistas, porque a intenção é dar espaço para a diversidade de linguagens e expressões”, explica o cordelista e radialista Fábio Mozart.

O projeto da feirinha do cordel já recebe apoio de vários artistas, entre eles o gravurista Marcelo Soares que criou a arte. “Estamos sendo apadrinhados por várias figuras da cena cultural pessoense e brevemente estaremos divulgando esses apoios. O certo é que já no dia 28 de abril, abriremos nossa feirinha com lançamentos literários, declamações, exposição de obras raras, vendas de folhetos, livros, camisetas e CDs, além de recitais e oficinas de cordel”, anunciou Fábio Mozart, Presidente da Academia.

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